domingo, 6 de maio de 2012

Em busca da utopia ideal



Quando falamos a palavra “governo”, o que vem à cabeça é poder. Poder no sentido hipotético e no sentido real da palavra. É o poder de mudar uma local, no caso um município, poder para transformar uma região, que seria um Estado e também temos o poder de revolucionar uma sociedade, neste caso um país. 

Para escolhermos as pessoas que serão nossos subordinados, ou seja, um político só será eleito se suas idéias e projetos estiverem de acordo com um número de eleitores simpatizantes do plano de governo do candidato. Porém, quando eleitos, muitos esquecem que estão representando milhares de eleitores e esses milhares de pessoas esquecem as idéias e os projetos ofertados pelo “candidato” e ainda esquecem de que o candidato pode não ter um “perfil para o cargo”. Mas quem analisa isto? 

A falta de competência para o cargo assumido está sendo mostrado pelo nosso governador, o senhor excelentíssimo fala mansa Raimundo Colombo. Nesses quase dois anos de mandato, não vimos nada de novo neste estado. Não temos uma cara de governo próprio. Um Estado extremamente rico em cultura, nem se quer temos uma secretaria de cultura, contamos, ao menos, com três bons cursos de medicina no Estado e uma das propostas do candidato era a construção de hospitais em Santa Catarina. Em Lages a proposta era a criação de um parque tecnológico de “ponta”, a única ponta que avistamos é a do precipício. Estamos a cada ano mais pobres, menos desenvolvidos que outras regiões do Estado e, além disso, com grande êxodo da população serrana para diferentes regiões do sul do Brasil. Não encontramos políticas públicas para desenvolver nosso estado, não há políticas públicas para conter o desmatamento em Santa Catarina que foi 3, isso mesmo, três vezes o vencedor do prêmio “Moto Serra” no governo do Luis Henrique, visto que o setor florestal é a segunda maior economia do estado. Já ia me esquecendo, sempre falam do potencial turístico da serra catarinense, pois bem, onde está a política pública para desenvolver este setor aqui na serra. A mídia só mostra turismo em nosso litoral sem estrutura e sem porte para balneabilidade. 

Estamos na contra mão do Brasil, um país que a partir de 2002 começou a ser revolucionado e hoje somos a 6ª potencia mundial e em breve seremos a quinta. Um país que está batendo de frente contra a corrupção e contra a violência nas grandes capitais. Praticamente todos os ministérios possuem políticas para desenvolver seu setor. Agora se pergunte, e em nossa bela e Santa Catarina, o que estão fazendo a respeito disso? Pois é... 

Certa vez, o grande escritor e sociólogo uruguaio, Eduardo Galeano foi indagado por um estudante sobre o que era utopia, e respondeu assim: “A utopia está lá no horizonte. Aproximo-me dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar". Nós catarinenses, apaixonados por esta Terra, vivemos em busca da utopia ideal, de que um dia encontraremos o governo revolucionário e transformador, enquanto isso seguimos caminhando à passos de tartaruga em direção ao horizonte sombrio. 





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