Por Guilherme Moura
Por
muitas vezes, Hugo Chavez foi intitulado como sucessor de Fidel Castro. A mídia
o adjetivou assim como sendo uma ofensa, tentando menosprezá-lo.
O
mundo ouviu falar do tenente-coronel Chávez pela primeira vez em 4 de fevereiro
de 1992, quando liderou um golpe fracassado contra o governo de Carlos Andrés
Pérez. Para os jornalistas de fora, soou como uma quartelada latino-americana
como qualquer outra, mas tanto o líder como as condições de seu país eram muito
peculiares.
Chavez tentou assumir o poder para combater a corrupção dentro do exército venezuelano
e também conter a corrupção em seu país, que dito por muitos, é um dos países
mais corruptos da América Latina.
Em
2000 foi vítima de um sequestro relâmpago, ficou dois dias trancado em uma casa
no interior de Caracas. O empresário petroquímico Pedro Carmona, presidente da
federação das indústrias, agiu como ditador com apoio da mídia, de Washington e
do FMI, revogou a Constituição, anunciou a ruptura com Cuba e a Opep e anunciou
a privatização do petróleo.
Pedro
Carmona quase foi linchado em praça pública pela população. O erro da velha
elite fortaleceu Chavez, que desde 2000, tornou-se um dos maiores líderes da
América Latina.
Seu
principal legado foi o combate a pobreza e distribuição de renda. Reforçou
acordos comerciais com Cuba, Bolívia, Peru e Brasil. Chavez queria uma
Venezuela voltada integralmente para a América Latina e de costas aos Estados
Unidos.
Estava
conseguindo fazer boa parte de seu objetivo, ano passado a Venezuela teve um
crescimento de 6% do PIB em 2012. O que
mais incomoda a velha elite é o alto índice de popularidade de Chavez e assim
como na Argentina há o Peronismo sem Perón, haverá “Chavismo” sem Chavez.
A
presidente Dilma Rousseff se manifestou: “Em muitas ocasiões o governo
brasileiro não concordou integralmente com o presidente Chávez, mas hoje nós,
como sempre, reconhecemos nele uma grande liderança, uma perda irreparável e,
sobretudo, um amigo do Brasil”, disse. “Deixará no coração, na história e nas
lutas da América Latina um vazio. Lamento, como presidente da República, e como
uma pessoa que tinha por ele um grande carinho”.
O
que tenho a dizer...o Brasil perdeu um amigo e a Venezuela um líder!!!
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